Intitulado “Cartas dos Grandes e Graves Prejuízos – Relatos da Invasão Francesa nos Concelhos de Seia e Gouveia”, o livro será apresentado no dia 8 de novembro, pelas 15h, na Biblioteca Municipal de Seia.
“Cartas dos Grandes e Graves Prejuízos – Relatos da Invasão Francesa nos Concelhos de Seia e Gouveia”, da autoria de Sérgio Alves, vai ser será apresentado no próximo dia 8 de novembro, pelas 15h00, na Biblioteca Municipal de Seia.
Resultado de uma investigação historiográfica minuciosa, esta obra convida o leitor a mergulhar nas sombras de um tempo de dor e resistência, através das palavras autênticas dos curas e párocos que testemunharam a devastação provocada pelas tropas napoleónicas.
As cartas, escritas entre 1810 e 1811, revelam a dimensão humana da guerra — o desespero das populações, a destruição das igrejas e capelas, os saques e incêndios, e a perda irreparável de vidas e bens. Mas também deixam transparecer a força e a fé de comunidades que, mesmo perante a tragédia, não deixaram que a memória se perdesse.
Com uma linguagem acessível e um rigor histórico exemplar, Sérgio Alves reconstrói, documento a documento, o retrato de uma região marcada pelo conflito, onde Seia e Gouveia se tornam palco de histórias de coragem e sofrimento. Mais do que uma simples recolha de fontes, o livro propõe uma leitura viva do passado, aproximando o público contemporâneo das vozes que, há mais de dois séculos, denunciaram os “grandes e graves prejuízos” infligidos pelas invasões francesas.
Cada carta é um fragmento de memória que, reunido com tantos outros, forma um testemunho coletivo da resistência das gentes da Serra da Estrela.
Com esta obra, Sérgio Alves reafirma o seu compromisso com a preservação da história local e a valorização do território, continuando o caminho iniciado com o seu primeiro livro, “Por entre marcos e padrões – A história dos limites de São Romão”.
Sérgio Alves, natural de São Romão, é licenciado em História pela Universidade de Coimbra. Tem-se dedicado ao estudo e valorização da história e memória do concelho de Seia, procurando dar nova vida aos documentos e às vozes que moldaram a identidade das suas gentes.






