JORNAL DO CONCELHO DE SEIA E REGIÃO

Eventos, Cultura e Lazer:

“Um lugar à varanda”Produção d’Fusão apresenta a programação cultural para Valezim, Loriga e Sabugueiro

Entre setembro e novembro, a programação cultural regressa a...

Festival de Sopas da Serra da Estrela decorre a 9 de novembro, em São Paio (Gouveia)

O 24º Festival de Sopas da Serra da Estrela...

Festival do Cobertor de Papa

A freguesia de Maçainhas (Guarda) vai acolher, este fim-de-semana...
Início Site Página 78

REGRESSO ÀS AULAS COM NORMALIDADE DO CONCELHO

O ano letivo 2023/2024 iniciou-se com toda a normalidade nas escolas do Concelho, anunciou o Presidente da Câmara, Luciano, através da informação escrita que dirigiu à Assembleia Municipal.
A autarquia refere no documento ter desenvolvido todos os procedimentos de modo a assegurar todas as condições para início do ano escolar nos Agrupamentos de Escolas e demais estabelecimentos de ensino do Concelho. Por sua iniciativa, o município prossegue “com um assinalável investimento na área da educação”, que praticamente duplicou com o processo de transferência de competências, através de vários apoios que incluem entre outras valências, refeições escolares, equipamento educativo, atividades complementares diversificadas e transporte escolar.
Em declarações ao JSM, Luciano Ribeiro destaca o planeamento atempado do ano letivo e um elevado grau de prontidão na resposta eficaz às crescentes solicitações da comunidade educativa. O objetivo continua centrado em proporcionar igualdade de oportunidades, num tempo em que as famílias passam por enormes dificuldades, inerentes do aumento do custo médio de vida e a consequente quebra de rendimentos.
“O Município de Seia continua empenhado na melhoria das condições de ensino nas escolas”, adianta, “num parque escolar que carece de modernização ao nível do edificado”. Questionado sobre a requalificação da Escola Secundária de Seia, o edil reitera tratar-se da principal prioridade, mas adiante que o Município está igualmente a trabalhar nos projetos de requalificação das Escolas de Tourais/Paranhos e Abranches Ferrão, que carecem de uma intervenção nos espaços do 2º e 3º ciclos e áreas comuns.

Quatro centenas de crianças com atividades na interrupção letiva
Nos meses de julho e agosto, 405 crianças do Concelho frequentaram as Atividades de Animação e Apoio à Família da Educação Pré-Escolar (AAAF) e a Componente de Apoio à Família (CAF).
As AAAF são destinadas a assegurar o acompanhamento das crianças da educação pré-escolar antes e/ou depois do período diário das atividades educativas e durante os períodos de interrupção letiva, enquanto a CAF se traduz num conjunto de atividades destinadas a assegurar o acompanhamento dos alunos do 1º ciclo antes e/ou depois da componente curricular e de enriquecimento curricular, bem como durante os períodos de interrupção letiva.

Cinema está de volta à Casa Municipal da Cultura de Seia em Novembro

A Associação de Arte e Imagem de Seia (AAIS) realizou, mais um ano consecutivo, o itinerante 23, ao longo dos meses de junho, julho, agosto e setembro.
Esta é uma atividade que tem vindo a ser desenvolvida pelo núcleo de cinema em que o principal objetivo é levar às várias localizações do município de Seia uma sessão de cinema ao ar livre.
A fasquia deste ano foi elevada, tendo conseguido levar o filme “Que mal fizemos todos a Deus?” a 10 locais diferentes, incluindo o festival “Aqui Bordaleira” em São Romão e a “Festa do Solstício” em Alvoco da Serra.
Além da presença em locais como São Martinho, Arrifana, Vodra, Tourais, Santa Eulália, Sazes da Beira, Outeiro da Vinha e Várzea de Meruge, a AAIS deu apoio técnico na exibição de um filme no evento Ocupar a Velga em Valezim.
“Este evento só foi possível graças ao apoio da Câmara Municipal de Seia, Juntas de Freguesias envolvidas e aos diversos membros da AAIS que se disponibilizaram para ajudar na parte logística e a quem nós deixamos o nosso agradecimento”, refere a direção da AAIS.
“Acreditamos que esta iniciativa, que contou com a presença de mais de 400 pessoas, seja uma grande mais-valia para os habitantes do concelho que nos felicitam sempre que levamos um filme até eles.”
O cinema está de volta à Casa Municipal da Cultura de Seia em novembro.

Senense leva a cabo uma ação solidária de grande nobreza“Mais vale dar do que estragar”

“Mais vale dar do que estragar” é o lema da iniciativa levado a cabo por, Catarina Almeida, uma senense que, um dia, manifestou a ideia de querer fazer algo em prol da sua terra natal. E a ideia passou por doar aquilo que mais tinha na sua propriedade: fruta.
“Uma vez que tínhamos demasiada fruta decidi dar a mesma com o lema “Mais vale dar do que estragar”, explica Catarina Almeida. “Eu apanhava fruta e a minha mãe, muito cética, inicialmente, enchia os sacos e colocava no portão para qualquer pessoa levar para casa.” De referir que os sacos de fruta eram pendurados no portão da sua propriedade, em Vodra, junto ao Restaurante Estrela de Seia.
A iniciativa foi um sucesso e Catarina Almeida ficaria muito feliz se a mesma fosse replicada por outras pessoas.
Neste momento, toda a fruta que tinha disponível já acabou, mas, para o ano, quer dar continuidade a este projeto, porque “mais vale dar do que estragar”.
E quem leva dá o feedback, mostrando o que fez com a fruta: compota de maçã, por exemplo.

Paraquedistas da Estrela promoveram cerimónia de homenagem em Alvoco da Serra

Os Paraquedistas da Estrela organizaram, em Alvoco da Serra, uma cerimónia de homenagem a um camarada falecido.
Segundo os Paraquedistas da Estrela, “esta é uma foi uma forma de agradecer à Povoação de Alvoco da Serra pelo valioso contributo que deu em 1983 aquando da perda de um Camarada nosso no decorrer de um exercício Militar.”
Durante a iniciativa foi colocada uma Pedra de Agradecimento à povoação em sinal de reconhecimento.
O programa teve início com a chegada a Alvoco da Serra do 2 BIPARA que está em aprontamento para a RCA (República Centro Africana).
Seguiu-se uma pequena cerimónia de homenagem aos mortos, conduzida pelo Capelão dos Paraquedistas.
Foi, ainda, lembrado o nome do Camarada Alferes Artur Manuel de Matos Santos, “uma maneira de honrar a sua memória.”
Após a cerimónia decorreu um almoço de confraternização em Alvoco da Serra, organizado, confecionado e servido pela organização. Este almoço aconteceu no ring da Escola Primária de Alvoco da Serra, escola esta que, em 1983, serviu de base de operações aquando das buscas.
Posteriormente, todos os intervenientes fizeram uma caminhada até à Torre.

Eleições da Comissão Política Distrital do Partido Chega: Senense José Marques eleito Presidente da Distrital

Por convocatória da Mesa Nacional do Partido, foram marcadas eleições no passado dia 10 de Setembro, para eleger a Comissão Distrital da Guarda do CHEGA.
As votações decorreram na Sede Distrital do partido, localizada na cidade da Guarda, onde todos os militantes com quotas em dia puderam deslocar-se para exercerem o direito de voto.
Deste modo, o senense José Marques, que foi o candidato do CHEGA às eleições autárquicas ao município de Seia, apresentou a única lista a sufrágio à Direção e à Mesa Distrital e, deste modo, foi eleito Presidente da Distrital, tendo direito, por inerência, além de Presidente Distrital, a ser Conselheiro Nacional da direção de André Ventura.
Fica em funções durante 3 anos, pelo que será responsável distrital pela participação do CHEGA nas eleições de 2024 – Eleição dos deputados ao Parlamento Europeu, 2025 – Eleição dos Órgãos das Autarquias Locais e, em 2026, – Eleição do Presidente da República.

CineEco 2023: Curadora / programadora Cláudia Marques Santos em entrevista ao JSM

“Tornámo-nos um Festival exclusivamente de cinema. Toda a componente audiovisual já não existe”

A 29ª edição do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela irá decorrer de 5 e 13 de outubro, em Seia, na Casa Municipal da Cultura e, este ano, assenta numa maior aposta em obras cinematográficas.

O CineEco é um evento cultural de natureza internacional de temática ambiental, organizado pelo Município de Seia desde 1995 de forma ininterrupta. Em todas as edições e em todas as secções ou atividades a entrada é gratuita, prestando um serviço público. É o único festival de cinema exclusivamente ambiental em Portugal e um dos festivais de cinema de ambiente mais antigos do mundo. Através das experiências multiculturais, o CineEco ajuda a descrever e compor um panorama do pensamento mundial atual sobre estas questões e proporciona aos espetadores momentos de conhecimento e reflexão, com a ambição de gerar comportamentos transformadores e de participação.

O JSM foi ao encontro da curadora/programadora deste Festival, Cláudia Marques Santos, que nos deu a conhecer algumas novidades para a edição deste ano. Também falou com a entidade organizadora do CineEco, o Município de Seia e com Tiago Alves, outro programador do Festival.

Cláudia Marques Santos é curadora/programadora do CineEco deste ano que vai já na sua 29ª edição. É uma das três programadoras, juntamente com o Daniel Oliveira e o Tiago Alves.

Segundo a curadora, “a edição deste ano é uma espécie de um prelúdio, daquela que será a edição de 2024, em que se celebram os 30 anos da existência deste Festival dedicado ao Cinema Ambiental”.

Refere que vai haver algumas mudanças, nomeadamente no que diz respeito às reportagens ou documentários televisivos. “Limpámos um bocadinho e tornámo-nos um Festival exclusivamente de cinema. Toda a componente audiovisual já não existe, ou seja, antes havia reportagens ou documentários televisivos que concorriam. Agora, esta parte já não existe.”

A razão prende-se, simplesmente, por quererem ter um foco. “Como queremos fazer parte deste circuito nacional de festivais, era preciso ter um foco. Ou ser algo dedicado ao audiovisual ou dedicado ao cinema. E como a premissa inicial sempre foi o cinema, achámos que focar-nos no cinema daria muito mais identidade ao Festival. Esta é uma mudança que está a ser preparada. A celebração vai fazer-se no ano que vem”, explica.

Atividades paralelas

Este Festival continuará a contar com exposições. Segundo a curadora, “este ano vai haver duas exposições: uma ligada ao projeto FILMar, que é um projeto feito em parceria com a Cinemateca Portuguesa. Também o “Fogo Frio” que é uma exposição de fotografia muito impactante, que pensa na questão dos incêndios, que é sempre uma tragédia que assola o país todos os verões.”

Para este ano e pela primeira vez, a aposta vai recair nas tertúlias. “Se antes podia fazer-se perguntas no início ou no fim da sessão, agora vamos ter espaços próprios para que haja uma relação mais intimista com os realizadores, em que um dos programadores fará conversa com o realizador e o público, de uma forma mais própria, em que poderá interagir, falar e fazer perguntas mesmo após o fim da conversa que será tida.”

Um dos objetivos deste Festival é, de acordo com Cláudia Santos, “continuar a sensibilizar as pessoas da região, porque este é um trabalho que tem sido feito de forma muito estoica pelas 29 edições do CineEco. Há que sensibilizar as pessoas da região para duas grandes questões: a importância do cinema enquanto veículo de pensamento e, por outro lado, a importância das questões ambientais e das alterações climáticas. Outro dos grandes objetivos que queremos vincar a partir deste ano é trazer pessoas de fora para o Festival à semelhança do que acontece com outros festivais de renome do cinema em Portugal. Quando digo trazer gente de fora quero dizer trazer cinéfilos que querem ver filmes que não conseguem ver noutros sítios.”

De referir que nem tudo são mudanças, já que “a parte pedagógica estará e continuará sempre a ser contemplada.”

Sessão de inauguração apresenta um Cineconcerto

“Se pensarmos que o cinema no início do século era mudo e era musicado ao vivo por orquestras, aqui acontecer, de alguma forma, a replicação, com um pianista que vai tocar composições suas e onde um filme vai ter uma composição de raiz. Depois há uma sessão dupla, também muito interessante. É a primeira vez que estamos a juntar dois filmes em que o segundo filme foi concebido e pensado a partir do primeiro. Estou a falar dos “Verdes Anos”, de Paulo Rocha, que é um filme inaugural do cinema novo em Portugal, que foi lançado em 1963, e que, este ano, celebra 60 anos. Depois temos o filme do João Pedro Rodrigues e do João Rui Guerra da Mata, “Onde fica esta rua ou sem antes nem depois?”. Este filme vai pegar nos circuitos de espaço público, ou seja, nas ruas que foram filmadas pelo Paulo Rocha, nos anos 60, nomeadamente as avenidas novas de Lisboa. Em plena pandemia estes dois realizadores foram para estas mesmas ruas desertas filmá-las. Estes filmes nunca foram mostrados juntos. Neste festival vamos ter a presença destes realizadores e também da Isabel Ruth, que é a atriz principal do filme de Paulo Rocha, e é um dos grandes nomes que vai estar presente neste festival e em Seia”, salienta Cláudia Santos.

Para além de realizadores nacionais, vão estar na cidade senense, outros realizares, internacionais.

Esta sessão de inauguração que contará com este Cineconcerto acaba por ser, para Cláudia Santos, “uma bela conquista nossa. Trabalhámos muito para conseguir tê-la. É uma parceria com  Cinemateca Portuguesa, que conta com um projeto europeu (FILMar), onde há vários filmes todos entre a década de 10 e de 30 do século passado, ou seja, são relíquias que se conseguiram recuperar ou restaurar e que estão ligadas à ideia de ambiente/natureza. São seis pequenos filmes que vão ser musicados ao vivo pelo pianista Filipe Raposo. Vai ser diferente dos outros anos. Este é sempre um conceito forte e ganho à partida, porque junta música e cinema, acabando por ser apelativo.”

A direção artística está a cargo do pelouro da cultura da Câmara Municipal de Seia

Até à 28ª edição, a direção artística do CineEco estava a cargo de Mário Jorge Branquinho, um dos principais rostos deste Festival. Depois da sua saída, no ano passado, para diretor e programador do Centro Cultural das Caldas da Rainha, Cláudia Santos explica que, este ano, é o pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Seia, que fará agora este papel. Será a Vereadora Célia Barbosa, a figura pública que representará a direção artística do Festival.”

Resumindo, “o Festival deixa de ter um diretor artístico, mas há três programadores, que somos nós, que fazemos a programação dos filmes.” Num universo de mais de 300 filmes a concurso, oriundos de 66 países, o que estes programadores fazem é escolher os filmes que entram para as seleções. De salientar que “há documentários, filmes de ficção e de animação”, remata.

Município de Seia pretende que o CineEco seja a âncora de visita ao território

Para o Município de Seia, a primeira grande novidade é a data. “Este ano antecipámos um pouco a abertura, que acontecerá no dia 5 de outubro, feriado nacional, e reorganizámos a programação, de modo a abraçar na totalidade o primeiro fim de semana. Também incluímos alguma programação a pensar nos mais novos. O objetivo é o CineEco ser a âncora na visita ao território, num programa pensado para as famílias que desejem visitar-nos.”

Ainda segundo o Município, o programa este ano “é o mais eclético possível, para agradar o público que já conhece o festival e se interessa pelas temáticas, e também para pessoas que nunca vieram, mas que têm interesse em vir ao evento.” 

Entre sexta-feira e domingo haverá opções para todos os gostos, destacando-se “O Segredo de Perlimps”, para crianças e famílias, na ficção científica “Le Règle Animal”, até um longa da competitiva oficial do Festival de Cannes deste ano, “Club Zero”.

Relativamente aos padrinhos do Festival, o município refere que “a envolvência da comunidade local é, para nós, fundamental, e os padrinhos dos filmes são uma forma de isso acontecer.”

Na Competição Internacional de Longas-Metragens foram convidadas 20 pessoas da comunidade senense, dois por cada filme. Tal como nas edições anteriores, os padrinhos e madrinhas escolhidos vêm das mais variadas profissões, instituições e serviços, desde estudantes, a profissionais dos setores do comércio, alimentar, moda, saúde, ensino, entre outros. São eles/as: Adélia Godinho, Ana Cristina Cardoso, Andreia Gomes, António Rodrigues, Bárbara Pessoa Mendes, Cristina Martins, Eugénia Lemos, Francisco Vidas, Lúcia Leitão, Luís Bidarra, Nuno Fernandes, Paulo Cordeiro, Pedro Santos, Pe. Carlos Dionísio, Sónia Geraldo, Armando Pereira, Natércia Sousa, Rita Lacerda, Fábio Abrantes e Rita Santos.

As longas portuguesas, por sua vez, são apadrinhadas por escolas (Agrupamento de Escolas de Seia e Agrupamento de Escolas Dr. Guilherme Correia de Carvalho), associações e instituições do território, nomeadamente: Academia Sénior de Seia, Associação de Arte e Imagem de Seia, Escuteiros de Seia – Agrupamento 116 e Casa da Juventude D.ª Ana Nogueira.

“Queremos causar emoções mais fortes!”

Tiago Alves, um dos programadores do Festival fala numa opção diferente: “em anos anteriores, o CineEco valorizou a noite de encerramento através da exibição de filmes de género sobre problemas ambientais. Até agora escolhemos comédias, desta vez queremos causar emoções mais fortes!”

Olhando para a seleção oficial competitiva, o CineEco estreará diversos filmes produzidos em 2022 e 2023, após a exibição em festivais internacionais, em Cannes e em San Sebastian, nomeadamente, como “Club Zero” de Jessica Hausner, “Reino Animal”, de Thomas Cailley e “Carvão”, de Carolina Markovicz. Vale a pena referir também “Perlimps”, a nova longa-metragem de animação de Alê Abreu, “Lakota Nation vs. United States”, um documentário sobre a questão das violências cometidas contra indígenas produzido por Mark Ruffalo e Marisa Tomei, “A Invenção do Outro”, documentário sobre o primeiro contacto com uma tribo indígena remota na Amazónia, e “Rejeito”, de Pedro de Philippis, sobre o crime ambiental cometido pela empresa Vale do Rio Doce na região de Brumadinho, no Brasil.