Em conferência de imprensa realizada ontem à tarde em frente ao Centro de Saúde de Seia, Ilda Bernardo, candidata da CDU à Câmara Municipal de Seia, reiterou a posição do PCP em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A candidata destacou que o PCP defende o reforço do SNS, a valorização dos profissionais de saúde e a garantia de acesso público, universal e gratuito ao SNS.
A intervenção de Ilda Bernardo abordou diversas preocupações e propostas para o SNS, com foco na realidade do concelho de Seia.
Contra a Municipalização do SNS
O PCP opõe-se à municipalização do SNS, argumentando que tal medida poderia gerar e levar a assimetrias regionais devido à disparidade de financiamento adequado das autarquias e as diferenças de densidade populacional no território. Neste sentido, para o partido, “o SNS deve ser uma responsabilidade central do Estado.”
Luta por respostas de proximidade
A candidata salientou a importância das extensões de saúde, agora designadas polos, para garantir o acesso de proximidade aos cuidados, especialmente devido ao envelhecimento da população, ao aumento da dependência e à falta de uma rede pública de transportes.
O PCP acusa a gestão do PS na Câmara Municipal de Seia de ter responsabilidades no encerramento de serviços de saúde desde 2011. Acredita que “o atual recuo e o oportunismo político se devem à proximidade das eleições autárquicas.”
Ilda Bernardo reconheceu que a pressão popular foi fundamental para impor o recuo da aceitação tácita à reorganização da rede pública com a criação das Unidades de Saúde Familiares (USF) “A Serrana” e “A Nova Estrela”.
Reforço dos profissionais de Saúde
O PCP defende a contratação de mais profissionais de saúde para colmatar as lacunas existentes, ” desde logo a com a supressão de 2/3 dos profissionais de saúde em São Romão e de 50% em Loriga, além do desaparecimento em outras extensões”.
Medidas para a Fixação de Profissionais
A falta de profissionais é vista como um dos principais constrangimentos do SNS.por isso, o PCP apresenta medidas para a fixação dos profissionais de saúde no SNS.
Desde logo, uma proposta que assenta na exclusividade ao SNS, implicando de regime de dedicação exclusiva com uma majoração de 50% no salário base para quem aderir, visando fixar os profissionais no setor público.
O partido é contra modelos de salários baseados em incentivos, defendendo a construção de carreiras dignas e a valorização das remunerações para atrair e reter os profissionais.
O PCP exige a reposição das extensões de saúde para garantir a proximidade e acessibilidade dos cuidados, especialmente em zonas rurais com menor densidade populacional e dificuldades de transporte. “É necessário uma rede de transportes públicos adequada para garantir a mobilidade dos utentes, especialmente em áreas rurais, onde o encerramento de serviços de proximidade é agravado pela falta de transportes” frisou a candidata.
A necessidade de uma rede de transportes públicos adequada foi, então destacada como crucial para a mobilidade dos utentes, minimizando o impacto do encerramento de serviços de proximidade.
Contra a Privatização
PCP defende um SNS público, universal e gratuito
O PCP posiciona-se “veementemente contra a transferência da prestação de cuidados de saúde para entidades privadas”, defendendo um SNS público, universal e gratuito. O partido compromete-se a combater ativamente qualquer medida que considere conduzir ao desmantelamento ou privatização do SNS.
A candidata Ilda Bernardo reforçou, ainda, que a visão do PCP para o SNS é de um sistema robusto, centralizado, com profissionais valorizados e acesso garantido a todos os cidadãos.