A inteligência artificial está a transformar profundamente o universo do design.
Ferramentas como Dall-E e Midjourney permitem gerar imagens, layouts e protótipos apenas com alguns “inputs”. O que antes levava horas de trabalho, agora, pode ser feito em apenas alguns minutos e, por vezes, com resultados surpreendentes.
Este avanço tem facilitado o processo criativo, poupando tempo em tarefas repetitivas e abrindo novas possibilidades para uma experimentação visual.
Estas ferramentas baseadas em IA trouxeram um aumento de recursos criativos, permitindo que mais designers e pequenas empresas produzissem conteúdos de qualidade.
Mas nem tudo são boas notícias. A facilidade com que se produz também levanta questões sobre a originalidade, autoria e até sobre o valor do trabalho criativo.
Se qualquer pessoa pode criar “designs” com um clique, qual é o papel do designer neste novo cenário? A resposta pode estar no equilíbrio. A IA pode sugerir caminhos, mas ainda não possui sensibilidade cultural, pensamento crítico ou entendimento profundo de contextos humanos.
Usar inteligência artificial de forma consciente, ética e criativa, é o verdadeiro desafio.
Em vez de temer esta mudança, o design deve abraçá-la como se fosse uma oportunidade. A inteligência artificial não veio substituir o talento humano, mas sim, amplificá-lo. E talvez, mais do que nunca, o futuro do design dependa da nossa capacidade de criar com inteligência artificial.
Aléssia Varão – Designer da dappin – Agên. Marketing