Uma grande parte dos políticos não tem vergonha, só olha para si e defende, exclusivamente, os seus interesses pessoais em detrimento dos interesses do país e do povo que os elegeu. Começamos a ficar cansados com tanta lata e tanto disfarce por parte da maioria dos representantes do povo que, na Assembleia da República ou nas autarquias, teimam em agir apenas e tão só em função de interesses pessoais e partidários ignorando totalmente o país, os interesses de Portugal e os do seu povo.
Vamos focar-nos em dois ou três aspetos que, por si só, evidenciam e sustentam, com realismo e verdade, os nossos pontos de vista.
Parlamento e deputados
Se percorrermos com atenção os países do espaço europeu, constatamos que, em alguns deles, com importância e capacidade financeira publicamente reconhecidas, o número de deputados é significativamente inferior. E sabem uma coisa? Os transportes que utilizam de e para o Parlamento, são os públicos – autocarro, comboio ou até bicicleta. Nós somos um país “sui generis”, “rico”, “exemplar” e “pioneiro” onde os deputados têm de andar de automóvel do Estado e têm secretária, telefone, gabinete e os partidos não querem prescindir de regalias gritantes e pouco abonatórias num país que vive à sombra dos PPR’s e quejandos! Não é lógico e normal admitir que ninguém ou quase ninguém se preocupe com as despesas de alojamento em hotel relativamente àqueles deputados que tendo casa em Lisboa dão como morada a província, sabe-se bem porquê!…
Quanto ao número de deputados, digam lá, com franqueza, para que precisamos de duzentos e trinta? Apenas e tão só pelas razões que se prendem com os tachos e as mordomias daí resultantes! Que tristeza e que abjetas disposições!
No que se refere aos autarcas – Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, basta mudar de concelho ou freguesia, segundo os casos ou então trocar de posição na lista, em lugar diferente da anterior para se eternizarem nos lugares e porquê? Pelo dinheiro e só por ele! Mas quando a dificuldade parece intransponível, basta apenas tomar outro lugar que não o de Presidente na respetiva candidatura! Bonito, não é?!… E quem paga? Sempre o mesmo, o pobre do Zé.
Está certo tudo isto? É justo? É rigoroso? É normal em democracia? E não querem que com estes procedimentos, André Ventura e o Chega alcancem o Poder?!… Preparem-se porque, a continuar assim, com o beneplácito do Presidente da República, vamos ter Ventura como Primeiro Ministro, daqui a algum tempo.
Ou mudamos de comportamentos ou estamos tramados!