JORNAL DO CONCELHO DE SEIA E REGIÃO

Eventos, Cultura e Lazer:

“Um lugar à varanda”Produção d’Fusão apresenta a programação cultural para Valezim, Loriga e Sabugueiro

Entre setembro e novembro, a programação cultural regressa a...

Festival de Sopas da Serra da Estrela decorre a 9 de novembro, em São Paio (Gouveia)

O 24º Festival de Sopas da Serra da Estrela...

Festival do Cobertor de Papa

A freguesia de Maçainhas (Guarda) vai acolher, este fim-de-semana...
Início Site Página 28

A FELICIDADE no Trabalho: Perspetiva de um Enfermeiro

Por Hugo Correia – Enfermeiro e Presidente do Conselho Jurisdicional da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros

A busca pela felicidade no trabalho é uma preocupação crescente em todas as profissões, e na enfermagem, esta temática adquire contornos ainda mais relevantes. Para nós, Enfermeiros, a satisfação profissional não se traduz apenas num salário justo, mas envolve uma combinação de fatores que vão desde o ambiente de trabalho até o reconhecimento da nossa dedicação.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a satisfação no trabalho está diretamente relacionada à qualidade do cuidado que proporcionamos aos nossos utentes. Como enfermeiro, sinto que a felicidade no exercício da minha profissão resulta em um círculo virtuoso: um cuidado realizado com entusiasmo gera utentes mais satisfeitos e, consequentemente, alimenta a nossa própria realização profissional.

Comparando a felicidade no trabalho entre enfermeiros portugueses e aqueles que decidiram emigrar, percebe-se uma diferença notável nas perceções. Muitos enfermeiros em Portugal enfrentam desafios como a sobrecarga de trabalho, a falta de recursos e a escassez de pessoal. Estas condições nem sempre propiciam um ambiente de trabalho que favoreça a felicidade. Vários colegas expressam, em conversas informais, que a paixão pela profissão se esvai face a um sistema que, por vezes, não valoriza adequadamente os seus esforços.

Em contraste, muitos enfermeiros emigrados relatam experiências positivas. Em países como o Reino Unido ou a Alemanha, encontram-se frequentemente condições de trabalho mais dignas, reconhecimento profissional e oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional. Como afirma a Comissão de Trabalhadores de Saúde da Europa, “A felicidade no trabalho é fundamental para a retenção de talento na saúde, e o reconhecimento das nossas competências é um motor essencial para a satisfação”.

É fundamental que tanto os gestores/decisores da saúde em Portugal como os próprios profissionais de Enfermagem se unam na busca por um ambiente de trabalho que valorize a felicidade. Investir em bem-estar, formação contínua e reconhecimento é essencial. Como enfermeiros, devemos lutar por melhores condições laborais, mas ao mesmo tempo, cultivar um espírito positivo e colaborar uns com os outros, independentemente do local onde exercemos a nossa profissão. Afinal, a verdadeira felicidade no trabalho reside no cuidado que oferecemos e na comunidade que construímos ao nosso redor.

O KIT DE SOBREVIVÊNCIA: ADAPTAÇÃO PARA FAMÍLIAS COM CÃES E/OU GATOS

Devido aos recentes acontecimentos, muito se tem falado da preparação de um kit de sobrevivência. Estarmos preparados para situações de emergência é essencial para garantir a segurança e bem-estar da comunidade, que pode e deve começar nas nossas casas. O facilitismo com que aprendemos a viver afastou-nos deste tipo de preparação, mas faz todo o sentido. Preparar um kit de emergência familiar não é alarmismo, é uma forma de apostarmos na preparação e prevenção, para qualquer tipo de eventualidade, como tempestades, incêndios, falhas de energia, terramotos, entre outros. Aqui vos deixo um guia prático e adaptado a famílias multi-espécies, ressalvando que as necessidades individuais dos animais devem obviamente ser levadas em conta também neste kit:

Água e comida

  • Água potável: Pelo menos 1 litro por dia por animal (mínimo para 3 dias).
  • Ração: Porções individuais em sacos vedados ou potes herméticos.
  • Comedouro e bebedouro dobrável: Leves e fáceis de guardar.

Documentos e identificação

  • Boletim de vacinação ou passaporte: Em cópia física e digital.
  • Foto atual do animal: Para identificação, caso ele se perca.
  • Coleira com placa de identificação: Nome do animal, do tutor e telefone.
  • Registo médico detalhado: contendo alergias existentes, historial médico e doenças relevantes.
  • Contactos de emergência do médico veterinário habitual e do mais próximo.

Medicações e primeiros socorros

  • Medicação que o animal tome regularmente.
  • Kit de primeiros socorros (assunto já explorado numa edição anterior do jornal).

Higiene

  • Sacos plásticos: Para recolher fezes.
  • Tapetes higiénicos, resguardos ou jornal.
  • Pano ou toalha de uso exclusivo do animal.
  • Areia para gato.

Abrigo e transporte

  • Caixa transportadora ou mochila apropriada.
  • Cinto de segurança adaptado.
  • Cobertor ou manta.
  • Casinha dobrável ou lona para proteger o animal do frio e da chuva.
  • Brinquedos e/ou manta preferida: para conforto e apoio emocional.

Lembre-se: mantenha o kit pronto e acessível.
Verifique a validade dos alimentos e medicamentos regularmente e mantenha a calma: a calma não é ausência de preocupação, mas a capacidade de não deixar que o medo ou a ansiedade dominem as nossas ações. Em caso de dúvida, contacte-me através do email ritam_costper@hotmail.com ou nas redes sociais @beehaviourbyritapereira

“Quem sou eu?”

Vivemos num mundo acelerado e com ritmos intensos. Queixamo-nos, frequentemente, da falta de tempo, da necessidade de cumprir rotinas, de desempenhar diferentes papéis, atender a expectativas e, raramente, paramos para pensar: Quem sou eu?

Muito se fala de autoconhecimento, mas poucos são aqueles que se conhecem.
A verdade é que o autoconhecimento pode ser uma ferramenta que pode mudar a tua vida!

O autoconhecimento é a capacidade para olharmos para nós próprios, com curiosidade e humildade. Esta capacidade permite-nos perceber o que sentimos, o que pensamos e como reagimos em determinadas circunstâncias. Envolve identificar características, pontos fortes, pontos fracos, valores, limites e necessidades.
Quanto melhor nos conhecermos, mais satisfeitos estaremos connosco e com a vida em geral.

  • Quando identificamos os nossos valores, tomamos decisões alinhadas com os mesmos, evitando arrependimentos ou decisões baseadas na opinião dos outros e no que pensamos que os outros pensam sobre nós!
  • Quando identificamos os nossos limites comunicamos com maior clareza e isso melhora os nossos relacionamentos sociais e profissionais!
  • Quando identificamos as nossas características e reconhecemos padrões de comportamento, conseguimos, aos poucos, alterá-los com vista a comportamentos mais funcionais e adaptativos!
  • Quando nos conhecemos melhor, conseguimos, com maior facilidade, reconhecer as nossas emoções, dar-lhes um nome e geri-las!
  • O autoconhecimento não é um destino. É antes um caminho a percorrer, um caminho constante de evolução e conhecimento. Quanto mais nos conhecemos mais livres nos tornamos, mais escolhas conscientes faremos e menos atenção damos a opiniões alheias.
    Posto isto: Quem és tu?

A Importância da Cobertura Audiovisual na Valorização dos Eventos Locais

Por Afonso Nascimento, Produtor de Audiovisuais

Independentemente da dimensão ou natureza de um evento, investir numa cobertura audiovisual profissional é, nos dias de hoje, uma decisão estratégica com benefícios duradouros.

O audiovisual tem o poder de eternizar momentos, captar emoções e transformar experiências vividas em conteúdos envolventes que perduram no tempo.

Num evento, o trabalho de um videógrafo vai muito além de apontar uma câmara e carregar no botão de gravação. É um exercício de atenção, sensibilidade e narrativa visual. Captamos expressões, gestos e pequenos detalhes que, na maioria das vezes, escapam ao olhar comum, mas que são essenciais para transmitir ao público as sensações de quem ali esteve — criando memórias e alimentado o desejo de participar numa próxima edição.

Um bom vídeo transforma-se numa montra promocional de excelência. É possível revelar a beleza dos lugares, a riqueza das tradições, a alma das pessoas e a vibração de uma comunidade.

Esta é, sem qualquer dúvida, uma ferramenta poderosa para valorizar eventos, promover localidades e atrair novos visitantes, especialmente no contexto das regiões do interior de Portugal, tantas vezes esquecidas, mas repletas de património, identidade, cultura e tradições.

Num mundo onde a imagem é rei e o digital dita o ritmo da comunicação, o vídeo tornase a chave para dar visibilidade a territórios e acontecimentos. Se queremos que um evento se torne conhecido, que conquiste credibilidade e desperte o interesse do público, a aposta na promoção audiovisual não é apenas importante — é essencial!

A Inteligência Artificial avança. E a nossa?

“Não receie o avanço da inteligência artificial; tema, sim, o recuo da inteligência natural.”

Esta frase, embora provocadora, levanta uma questão essencial no debate contemporâneo sobre o papel da tecnologia nas nossas vidas: estaremos tão focados no desenvolvimento da inteligência artificial (IA) que negligenciamos o cultivo da nossa própria?

Nas últimas décadas, os avanços na IA têm sido verdadeiramente notáveis. Sistemas capazes de escrever textos, compor música, diagnosticar doenças ou conduzir veículos estão a transformar profundamente a forma como vivemos e trabalhamos. Pela sua eficiência, rapidez e capacidade de processar grandes volumes de informação, estas tecnologias surgem como aliadas poderosas da humanidade.

Contudo, a par deste progresso, observa-se um fenómeno inquietante: o declínio da chamada inteligência natural. Não nos referimos apenas ao nível de literacia ou à formação académica, mas a capacidades humanas fundamentais como o pensamento crítico, a curiosidade intelectual, a reflexão e a empatia — competências que não se replicam em linhas de código.

Estamos a delegar cada vez mais tarefas cognitivas básicas às máquinas: já não memorizamos números de telefone, evitamos fazer cálculos de cabeça e recorremos à internet para responder às questões mais elementares. Mais grave ainda, deixamos que algoritmos decidam o que lemos, vemos e até pensamos. Numa era saturada de informação, o pensamento crítico tornou-se uma competência escassa — e, por isso, mais necessária do que nunca.
Este fenómeno é particularmente visível no sistema educativo. As escolas, que durante séculos se centraram na transmissão de conhecimento, enfrentam hoje um dilema: como ensinar numa época em que a informação está, literalmente, à distância de um clique?

Muitos docentes sentem-se desorientados perante alunos que usam a IA para gerar redações, resolver exercícios matemáticos ou traduzir textos com um simples comando. Ferramentas como o ChatGPT são vistas simultaneamente como ameaça e oportunidade. A questão é: estaremos a adaptar o ensino ao novo paradigma ou apenas a tentar preservar um modelo pedagógico que já não responde à realidade?

Se, por um lado, a IA pode potenciar a aprendizagem — ao personalizar o ensino, esclarecer dúvidas em tempo real e oferecer apoio constante —, por outro, o seu uso acrítico pode incentivar o facilitismo e a dependência tecnológica. O verdadeiro risco é o de educarmos gerações com menor capacidade de raciocínio autónomo, criatividade e resiliência intelectual.

É urgente repensar os currículos, valorizar os processos em detrimento dos resultados imediatos, cultivar o pensamento crítico e ensinar os jovens a usar a IA de forma ética, consciente e inteligente. O papel do professor deve evoluir: mais do que transmissores de conteúdos, são agora mediadores, orientadores e promotores da inteligência natural.

A inteligência artificial é, sem dúvida, uma ferramenta poderosa. Mas não substitui — nem deve substituir — a inteligência humana. Cabe-nos, enquanto sociedade, garantir que ambas evoluem em harmonia, uma ao serviço da outra. Não podemos permitir que, ao tentarmos criar máquinas mais inteligentes, deixemos de ser humanos mais sábios.

O futuro será definido, não pela inteligência das máquinas, mas pela forma como usarmos a nossa.

Miguel Varão e Diogo Ferreira campeões nacionais de voleibol Sub-21 Masculinos

Dois jovens senenses; Miguel Varão e Diogo Ferreira, sagraram-se, este domingo, campeões nacionais de voleibol Sub-21 masculinos, pela Académica de Espinho.

A equipa de Espinho derrotou a Ala Nun’Álvares de Gondomar, por 3-1, na Final 4 da competição, uma partida que decorreu no Pavilhão Arquiteto Jerónimo Reis, em Espinho.

Miguel Varão e Diogo Ferreira iniciaram a sua formação no Sena Clube, com o treinador Luís Pinto. Na época de 2023/2024 ingressaram na Académica de Espinho. 

“Sinto o Teu Coração”, um livro de Rafael Abreu que será apresentado ao público a 1 de junho

“Sinto o Teu Coração” é uma obra tocante que leva a refletir sobre as escolhas, as dificuldades e as lições que moldam a vida de cada um. Da autoria de Rafael Abreu, presidente da União de Freguesias de Santa Marinha e São Martinho e assistente social, o livro vai ser apresentado no próximo dia 1 de junho, a partir das 15 horas, no parque da Santa Eufémia, em São Martinho (Seia).

Rafael Abreu cresceu num contexto marcado pela violência. Apesar das adversidades, Rafael encontrou forças para lutar por um futuro melhor, inspirado pelo amor e pelos exemplos de vida à sua volta, através de um percurso de superação e descoberta.

O livro explora temas como a resiliência, a união e a importância de seguirmos os nossos sonhos, mesmo diante dos maiores desafios.

Com uma escrita sensível e profunda, “Sinto o Teu Coração” é uma reflexão sobre a esperança, a transformação da dor em força e a crença de que, apesar das dificuldades, o amanhã pode sempre ser diferente.

ACR Music & Voices apresenta o espetáculo musical – “POP & ROCK IN A RED CARPET”

A Escola de Música ACR Music & Voices, com sede em São Romão, vai apresentar, no próximo dia 14 de junho, pelas 21 horas, o espetáculo “POP & ROCK In A Red Carpet”, na Casa Municipal da Cultura de Seia.

“POP & ROCK IN A RED CARPET” é um espetáculo de música Pop e Rock, protagonizado pelas alunas e alunos de Canto da Escola de Música ACR Music & Voices e te como convidado especial Sérgio Lucas, um cantor português, que ficou conhecido quando participou na 2.ª Edição do Concurso de Talentos Ídolos, da SIC, e da qual se sagrou vencedor.

Nesta espetáculo, a música nacional e internacional estará representada no palco do Cineteatro de Seia.

A receita deste espetáculo reverte a favor da Associação Vocacionarte, de São Romão.

BILHETE – 5€ (Bilhete pago a partir dos 3 anos inclusivé)

Local de Venda: Casa da Casa Cultura de Seia.

Reserva através de: vocacionarte.geral@gmail.com

91º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Seia

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Seia (AHBVS) vai comemorar o seu 91º Aniversário. A cerimónia solene decorrerá no dia 1 de Junho de 2025, pelas 10h, no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Seia.

De referir que as comemorações têm início no dia 24 de maio, com um simulacro de acidente rodoviária, marcado para as 15 horas, no estacionamento em frente ao Cemitério I, em Seia.

A 31 de maio decorrerá a romagem aos cemitérios do Sabugueiro, São Romão, Sameice e cemitério municipal n.º 2 de Seia. Pelas 19 horas deste dia haverá uma cerimónia eucarística, na Igreja Matriz de Seia, com bênção das viaturas.

No dia 1 de junho, dia da cerimónia solene, o programa inicia-se pelas 9 horas com o hastear das bandeiras, destacando-se, entre outros momentos, a cerimónia de promoções, condecorações, entrega de diplomas de formação, bem como um desfile apeado e motorizado e o apadrinhamento das viaturas.

Para a direção desta Associação “este marco significativo na história da nossa instituição representa mais de nove décadas de dedicação, bravura e serviço incondicional à comunidade de Seia e à região. É com profundo orgulho que celebramos o legado dos nossos bombeiros voluntários, homens e mulheres que, com altruísmo e coragem, têm sido o pilar da proteção e socorro da nossa população.”

Seia – Recolha de cobra

O Comando Territorial da Guarda, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) de Gouveia, recolheu, esta quarta-feira, dia 7 de maio, uma cobra-de-água-de-colar (Natrix natrix), na localidade de Seia.Na sequência de um alerta por parte de um popular a dar conta que, no logradouro da sua habitação, se encontrava uma cobra, os elementos do SEPNA deslocaram-se ao local e efetuaram a sua recolha.

A cobra foi posteriormente libertada no habitat natural e fora dos limites do aglomerado urbano.

A Guarda Nacional Republicana, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), tem como preocupação diária a proteção dos animais, apelando à denúncia de eventuais situações de maus-tratos ou abandono.

Para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.